O dia reverencia o astro-rei, sua majestade.
A brisa matutina se dissipa ao simples toque.
Parece que um dedo divino deu um retoque
Na noite agonizante, como era da Sua vontade.
Os arroios cristalinos tecem tênues notas musicais.
O orvalho da madrugada cede seu lugar para o vapor.
O deus sol cobre tudo com os seus cabelos de calor
Anunciando renovação para todos terrestres animais.
Amanhece mais um dia na superfície do nosso planeta
Mostrando-nos que tudo é desejo, retorno e recuperação
Por isso o poeta insiste em pegar do papel e da caneta
E ousa fazer um novo poema como se fizesse uma oração.
Gyl Ferrys