Não corras tanto, ó tempo,
porque corres tão depressa
se nem sequer és vento
que te incomode ou aborreça
Peço-te que deslizes devagar
assim não causas dissabor,
há gente que precisa de amar
sentir a felicidade do amor
Por isso, pensa bem ó tempo,
a criança tem de ser criança
o idoso deseja mais alento,
não esqueças esta lembrança
Corre devagar, cautelosamente,
dá mais tempo ao nosso tempo,
se o fizeres, tudo será diferente
talvez haja mais discernimento
José Carlos Moutinho
15/1/19
Decreto-Lei, nº 63/85
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