Luso-Poemas
 
Poemas : 

Abortos

 
Pego do lápis e do papel
E arrisco rabiscos pequenos
Desenho o sol sorrindo no céu
Atrás de montanhosos terrenos...

Pego da borracha e apago
Do nada muda o meu intento:
Desenho um barco num lago
E ponho dentro o meu pensamento...

Porém o lago é de pouca dimensão
Não cabe nele o meu coração
Então eu desanimo, simplesmente,
E vou apagando tudo novamente.

Fico a brincar com os riscos tortos
Faço um esboço dos contornos da mão
Como é gigante a minha desilusão
Desenhar navios em mares sem portos!

Meus heróis e ídolos estão todos mortos
Não ouso sequer cantar uma nova canção
Quando me falta criatividade e inspiração
Meus fetos feitos de poemas sofrem... Abortos!


Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
540
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
10 pontos
4
3
0
Recentes
Morrer Em Ti
Tecedor de Amanhãs
Eu Poema
Trovador
Pausa
Aleatórios
Foi Um Vento Que Passou
Eu Amo Você
Metamorfose
Sonho & Desilusão
Os Sonhos De Adelaide
Favoritos
São águas apenas...
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Carii
Publicado: 13/01/2019 10:27  Atualizado: 13/01/2019 10:27
Membro de honra
Usuário desde: 28/11/2017
Localidade:
Mensagens: 1962
 Re: Abortos
Querido Gyl, é sempre um gosto passar por aqui e deliciar-me com a tua poesia! Vendo cada verso teu, que se interrompe mas se renova com um desfecho com a tua marca. Beijo!


Enviado por Tópico
PROTEUS
Publicado: 13/01/2019 19:10  Atualizado: 13/01/2019 19:10
Colaborador
Usuário desde: 27/03/2010
Localidade:
Mensagens: 3987
 Re: Abortos
muito bom... como sempre.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre