INDIO
Sangra minha ferida aberta
Tingida de ouro e relva.
Que te importa minha vida e meus costumes
Se meu chão forrado de verde
Esconde tesouros que nada são?
Vã sociedade de excluídos
Que pensam no topo
Onde nunca chegarão.
Suas mãos manchadas de escarlate
Para sempre marcadas
Te escravizarão ao lodo
De onde nunca sairão.
Sangra minha ferida
E minha alma de povo da Terra.
Meu túmulo é minha floresta
A quem caberá a vingança...
Nada será em vão.
(Proteus).