Enviado por | Tópico |
---|---|
visitante | Publicado: 05/01/2019 07:22 Atualizado: 13/01/2019 11:14 |
Re: Despida de ti na despedida
Tão lindo!
Gosto da tua poesia. |
|
Enviado por | Tópico |
---|---|
Carii | Publicado: 05/01/2019 22:58 Atualizado: 05/01/2019 22:58 |
Membro de honra
Usuário desde: 28/11/2017
Localidade:
Mensagens: 1962
|
Re: Despida de ti na despedida
.. E assim encontram o abrigo perfeito onde viverá a saudade. Poesia sentida, de uma beleza difícil de expressar, mas simples de sentir. Gostei. Abraço.
|
Enviado por | Tópico |
---|---|
Juvenal Nunes | Publicado: 06/01/2019 10:23 Atualizado: 06/01/2019 10:23 |
Membro de honra
Usuário desde: 28/07/2013
Localidade: Douro Litoral
Mensagens: 540
|
Re: Despida de ti na despedida
Se o que resta da despedida é o amolecimento dos defeitos nem tudo parece perdido pois há sempre a hipótese de um reinício.
Juvenal Nunes |
Enviado por | Tópico |
---|---|
Rogério Beça | Publicado: 17/01/2019 10:17 Atualizado: 20/01/2019 23:21 |
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 2123
|
Re: Despida de ti na despedida
Começas com uma estrofe que aparenta colocar uma questão, convenientemente “decorada” com imagens de dor.
Toda ela é corada em tons obscuros. “O que há de nós…” e forma-se o mote em que o sujeito poético não se coíbe de atirar à cara do leitor um silêncio repleto de espinhos, pregos (perdão, cravos), cravos obviamente sem espinhos, mas que se espetam. O tom vai num crescendo de “florescidos” a “crescido”, passando pelo “florescendo” dando uma dimensão temporal e quantitativa. Claros que os “brados” também se espetam (caiem?), ou doem (gosto do nome, ou poderá ser um adjectivo?). A resposta surge a seguir, quando a saudade entra em maiúsculas. A personificação da mesma, procurando um abrigo, nessa estrofe isolada, imageticamente coloca-me num filme a preto-e-branco, alta, magra, andrógina. De gruta em casa. A última estrofe é belíssima. A metáfora da aproximação dos enamorados com esse “… teu peito abotoado no meu…” trouxe-me ao comentário, inevitável. Coloca-me na ideia de “para cada botão a sua casa” e a saudade à procura do que já sabe. Além da metáfora engraçada para o coito, se pensar-nos no movimento abotoar, na entrada, no encaixe… Ou para outro tipo de ligações. Que inveja! Há que falar também do título. “Despida de ti na despedida” soa-me a pleonasmo. “Despida de” como metáfora para “sem” complica um pouco a ideia, mas é uma maneira original de o fazer. Mas mesmo que não seja original, a ligação quase homófona a “despedida” torna, sonoramente o título quase brilhante. Afinal diferem num Ed. Em italiano “e”. “Sem ti no adeus” (repare-se como soa tão pior) é uma evidência. Mas põe, também, ao poema um tom de final, ou como os amaricanos costumam dizer, closure. Obrigado. |