Em teu fogo serpentino meus desejos vão ao pico,
Não me sinto um cretino, mas reconheço o sacrifício,
Para suportar sem ti tudo que tenho sentido,
Nos dias que se sucedem no jardim as lindas rosas,
A cada dia mais frondosas, me saudando com teu viço,
Nas ruas o teu caminhar sempre a me provocar,
Com o requebrado das cadeiras, as tuas canelas grossas,
Com tornozelos afilados, tuas coxas torneadas,
Com esta cintura fina, teus contornos e a minha sina,
Parecem impregnados, moramos no mesmo bairro,
Dobramos as mesmas esquinas, os horários coincidem,
Mas nosso amor não progride tu sempre fostes traquina,
Mas agora já madura me desenganas ó criatura,
Por quanto me alucinas sonho com tuas carícias,
Todas elas que delícia, mas me acordo sozinho,
Eu caprichei em meu ninho, mas diante da clausura,
Parece só ter espinho e o fato de está sozinho,
O terror se configura, mas Deus sabe o que faz,
Eu buscarei a minha paz sepultando aos meus desejos,
Se não tenho os teus beijos, não quero de ninguém mais.
Enviado por Miguel Jacó em 26/04/2017
Código do texto: T5982264
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Miguel Jacó