janela bate asas,
(de sobrevoar
nao cansa
sobre o que deixaram pra se sonhar.
ondas fúrias batem
fortes dentro
do olhar e afoga
qualquer intenção de viver horizontes.
no cais varrido
pela intrepidez da água,
o lodo sobressai
no liso-antigo verde
que dá idade à esperança, que insistiu
em ficar
sustentada
na crença de que resiste
céu sobre todo mar
e promontório,
sobre toda margem
que dá corpo pra ancorar pensamento,
uma quimera,
uma espera.
em tempos de
sentidos áridos
e guerras,
existe batente e parapeito
de uma janela
para quadro de uma
ideia),
ainda.
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.