Neste átimo não agitarei minhas águas,
Não há mais neblina encobrindo esse enlace.
Quero as nuvens do céu refletindo em mim.
É meu desejo que teus olhos vejam minha face.
Venha, emerja nua e alva, vestida só de alma,
Banhe-se nas águas cristalinas do meu ser.
Sou lago silencioso, quase sem mistérios meus...
Serão desvendados, todos os mergulhos seus.
Não impedirei mais suas incursões abissais
Nesse meu mundo submerso sem tempestades.
Enquanto estiveres em mim, te darei prazer,
Sentirás em tua tez, o desejo que me apraz.
Submersa; deixarás de pensar enfim,
Afagarei teu corpo com minhas águas cálidas,
Ficarás embriagada, em tons verdes-azulados;
Submersa em mim, só pensarás em mim.
Saciarás tua sede e tudo que o meu ser pode dar,
Meus elementos te envolverão em corpo inteiro.
Serão afagos e carícias, amor e muito mais...
Dê-me você, para minhas águas te fertilizar.