Tente mudar o caminho.
Ande por aí sozinho.
Mostre suas garras.
Libere suas feras.
Mas espere!
Logo ao encontrá-la
Fite os olhos dela.
Procure aquele ponto
Comum aos que amam.
Que em silêncio chamam
E cumprem o que prometem.
Olhe nos olhos, dela!
Espere por aquele beijo.
E entre um e outro,
Passeie tuas mãos
Nas coxas da donzela
E sinta o vulcão
Que é o corpo dela.
Tente afastar dela!
Respire fundo.
Recarregue as energias.
Prepare-se!
Agora ela libera
Toda sua magia.
Mantenha-te a prumo.
De novo respire fundo.
Pense no que desejou.
Um minuto apenas.
Pronto! Realizou...
Tente agora ir embora.
Seguir mundo afora.
Vá pro Sul. Pro Norte.
Leste e Oeste.
Mas nunca antes
De fazer este teste!
Penetre outros olhares.
Beije outras bocas.
Toque em outros corpos.
Pare e respire fundo.
Gostou deste mundo?
Foi fundo?
Se sim aí fique.
Mas, por favor!
Nunca mais me suplique.
O caminhar é livre.
O amor existe. Insiste.
O desejo aflora. Devora.
Quem é esperto.
Sabe e quer
Faz a hora.
Quem decide
É o caminhante.
E entre o ser e ter
O amar ou ficar
E a marca
De um instante
Somente quem define
É a amada amante!
Avante?
Vera Salviano