Poemas : 

RIO SANTANA

 


RIO SANTANA,
MEU AMIGO

Meu rio Santana,
na cidade de Raul Soares,
era bom pelos lugares
jamais esquecidos.
Era um braço líquido dos campos,
rodeado de barrancos
corroídos pelos anos.
Arrastava folhas mortas
e saudades de muitas tardes.
O por do sol, de ilusões e desengano
cruzava vales, chapadões e pantanais, bebedouro de pardais,
branco espelho de luar.
O seu roteiro não tinha volta.
Só tinha ida pra findar a sua vida
na amplidão azul do mar.
Rio amigo e querido,
era iguail às nossas águas.
Também tenho um rio de mágoas,
a correr dentro de mim.
Cruzava na alma
campos secos e desertos,
cada vez via mais perto
o oceano de meu fim.
Meu rio amigo,
que nasceu junto a colina
era um fio de água de mina,
que cresceu tão lentamente,
margeando matas, ramagens,
juncos e flores.
Passarinhos multicores
seguiam sua corrente.
Rio amigo, quantas vezes assistiu,
acenos de quem partiu
e encontros dos que chegavam.
Foi testemunha
de muitas juras de amor,
quantas lágrimas de dor
suas águas carregou.
Meu rio amigo,
sobre a areia do remanso,
animais em seu descanso
ali vinha matar a sede.
As borboletas em sua margem
amontoavam e depois alegres voavam
na amplidão dos campos verdes.
A brisa encrespava
o meu rosto de menino,
como o mais terno e divino,
beijo da mãe natureza.
Lindas paisagens,
madrugadas coloridas,
encontro e despedidas
seguiam a sua correnteza.
Rio Santana, meu amigo
serás sempre lembrado
e por mim muito querido.
Meu amigo Rio Santana,
você fez parte da minha história.
Hoje trago você na memória.
E com saudade e emoção
está aqui guardado
Bem no meu coração.

Tony Duarte
Vera Salviano
(Parceria)


Vera Salviano

 
Autor
verasalviano
 
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