Para lá do infinito
É o amor que carrego comigo.
De humano e divino
De todos os bons sentimentos
É arrimo.
É um.amor sem medida
Sem explicação.
Transborda-me o peito
Inundando-me de paixão.
Esse amor gostoso
Embora não sem dor.
Pois amor que é amor
Nem sempre rima com flor.
De divino e incondicional
De humano e carnal
Transporta-me entre polos
Do bem e do mal.
Pelo caminho do bem
Sou conduzida a sorrir.
Sentir prazer. Florir.
Pelo do mal...
Ah! Mata-me o ciúme.
Brota em fortes raizes
Esse aspecto do amor
Traduzido em queixume.
Para se viver um grande amor.
Temos que passar pela dor.
Dor que acelera e dilacera
Um coração transbordante
Que se compassa e mantém
Dos melhores instantes.
E é justo esse amor sem medidas
Que me devolve a vida.
Que me faz descer à terra
E subir aos céus.
Que se faz amante
E às vezes cruel.
E entre viver, amar e sofrer
Eu sigo vivendo.
Amando e sofrendo.
Pois me impulsiona o amor.
Este amor que me arrasta.
Me gasta e faz sofrer.
Mas que pra mim é vida.
Sofrida. Bandida. Querida.
E como o ouro
Se prova no fogo.
Amor que é amor
Tem que passar
Pelo crivo da dor.
Ama-se por amar
Entre tudo e todos
Quem nos faz vibrar
De fortes emoções
Que nos dá prazer
E querer mais e mais
Amar...Amar e amar!
Vera Salviano