Não, não quero despedir-me de ti
saber que vais sem voltar
entregar-te ao infinito
sem contigo puder brincar
as danças das partilhas
nos mimos dos afetos
que sempre nos uniram…
Não, não quero ver-te sofrer
sofro por te perder
sabendo que já o destino
assim o escreveu…
Quero riscar o destino
rescrever um novo caminho
onde exista eternidade
sem separações…
Perco a coragem
caem-me dos olhos saudades
o coração abraça
todos os novos momentos…
Canto um fado
ensinado por um poeta
brindo com o olhar
a guitarra toca baixinho
e eu só quero fugir deste destino…
Não, não quero dizer-te adeus
perdoa-me a fraqueza
de não te acompanhar
no teu último instante
coloco nos ombros o xaile negro
recuou e vou com medo
escreverei um fado
com ele brindarei
à luz da tua alma
que nunca se desligará de mim!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...