Por ti desfolhei estações
soltei o perfume da Primavera
nos rebentos do tempo,
nas minhas mãos dei a voz
ao poema que há em ti,
quando nesse universo teu
me abraças com o olhar
num corpo preso sem tempo
na cadeira dos sonhos (in)completos,
de sorriso aberto
a inocência da infância
patente na mais pura lembrança...
No teu rosto encontro as forças
para na chuva caminhar,
sem vacilar
ao encontro desse teu ser
especial...universal,
que aceita a linha do destino
como o desfolhar de um malmequer
na sorte de ser eterna criança...
Por ti descobri
como assaltar o mundo dos medos
sem escuridão nem segredos,
abraçamos a união divina
amando uma só vida, a tua
entregue ao meu descobrir inteiro
como um tesouro recolhido por um marinheiro!
Conexões Atlânticas antologia III
Poema de Ana Coelho
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...