FuTuErE
Os idólatras, cegos, necessitados
abrem os seus braços frágeis carecentes
de beijos, bagos abraços, indecentes
por uma marmita cheia de pedaços
Arremate o que sobra desta idolatria
um quê de magia aporética hipnótica
com restos de uma podre e pobre poesia
anuência adocicada carnal e simbiótica
Somos todas as juras e sacramentos
nas faces nos batem em agradecimento
o céu é coalhado de cuspe de camelo
E o sol brilha refletido em um espelho
velhas frases que nos ouvimos o ano inteiro
foda-se então quem nos quer foder primeiro.
Alexandre Montalvan
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