Ando pelas avenidas dessa cidade
Á procura de amor e de felicidade
E o que encontro pelas calçadas
São pessoas estranhas disfarçadas
Que caminham pelas tantas ruas
Usando umas máscaras finas e escuras
Que, confesso, me causam medo.
Cada qual com seus sonhos e segredos
Passam despercebidas uma a uma,
Numa constante e árdua labuta
Carregadas de utopias e desejos...
São párias mecânicos sem tintas
Isentos dos dentes e dos sorrisos
Que esperam por um dia florido
De águas mansas serenas e boas
Para deixarem de serem pessoas
Dotadas das tantas máscaras
De tonalidade... Cinza!
Gyl Ferrys