Porteira velha
Aquela velha porteira,
No lugar onde nasci;
Eu abria e passava,
Na fazenda em que vivi.
Quando amanhecia o dia,
Sem demora, o sol brilhava...
Nos meus tempos de infância,
Na fazenda, ali brincava.
Fui criança, depois jovem,
Posso então assim dizer:
Construí meu doce lar,
Em solo que me viu crescer.
Mas o tempo foi passando,
Na cidade eu fui morar;
Abandonei a fazenda...
Para nunca lá voltar.
Saudosa porteira velha,
Hoje, ali não mais existe;
Restos se despedaçaram...
Deixando a fazenda triste.
Na entrada da fazenda,
No apogeu da cabeceira;
Com saudade, me recordo,
Daquela velha porteira.
trovaliz