Solta os cabelos e os fios
Dourados caem sobre ombros
Enfrentando os desafios:
Planta que nasce em escombros.
Caída a roupa me assombro
Com vista em corpo sombrio
Parece a figura de um monstro
Nascido nas águas de um rio.
Chego a sentir um calafrio.
Meus olhos se tornam gigantes.
Não sei se é sonho ou delírio:
Típico medo dos infantes.
Do nada me esboça um sorriso.
Sinto um arrepio congelante.
Vejo duas presas de um vampiro
Com resquícios vinho de sangue.
Não ouso sequer um grito.
Meu coração frio e saltitante
Do nada fica contrito:
Sombras se movem... Adiante.
Gyl Ferrys