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Batendo a porta

 
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Batendo a porta

Era um modo tão estranho que tinha
Ao entrar, com força, batia a porta
E a sua mulher com a cara meia torta
Sempre o reprendia, não se continha

Podes trazer o jantar, pois é noitinha
Mais calmo acariciava a filha inocente
Num sorriso ela mostrava os dentes
E lhe agradecia com uma palavrinha

Um dia chegou mais calmo e quando
Entra devagar e fica parado hesitando
A mulher chorando, ninguém conforta

Ao encostar a porta ele segue à sala
Só escuta choro e nada ninguém fala
Contempla com tristeza a filha morta.

Inspirado no poema A vingança da Porta de Alberto de Oliveira.

jmd/Maringá, 25.10.2018



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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