Era morna a madrugada
As estrelas já dormiam
A Lua estava minguada
Os astros se divertiam.
O vento vinha em lufada
As nuvens se dividiam
Os passos da passarada
Nos galhos que se seguiam.
Aos poucos vinha alvorada
Os seres amanheciam
Um dedo em ponta rosada
Tocava os raios que envinham.
Na cama a dama deitada
Os olhos grandes que viam
A deusa toda alvejada
Por feixes que sós sorriam.
Um homem que não diz nada,
Apenas esboça um sorriso,
Que sente seu Paraíso
De Eva jamais expulsada.
Gyl Ferrys