Sabes, gosto do cheiro a terra molhada no verão, de caminhar entre a urze e observar os telhados rubros ao pôr do sol.
Gosto de ler poemas à luz da candeia, acesa com o teu pranto.
Não me perguntes porquê, mas a resposta está no silêncio e clama pelos olhares astutos dos vitrais que escondem verdades.
Gosto de visitar pessoas livres de preconceitos, crianças a saltar à corda na terra batida pela saudade.
Continuo à espera de dois minutes de risos para alcançar a vitória. De quando em vez assobio para o lado que me dá mais jeito, outras vezes gosto dos piropos com que me presenteias.
Será que vamos caminhar juntos? ou pensas levar o poema para longe.
Está tudo nas tuas mãos, eu sei que a tua decisão já está tomada e até adivinho que não estou incluída nos sorrisos.
Carolina