Tudo se agita
e cada vez mais mórbido
minha expressão me apresenta,
uma pomba branca manchada
pisoteada,
tudo que eu quero
é criar
ou quem sabe
chorar
e que tudo isso não passe
de o escorrer de minhas
lágrimas,
lágrimas que não molham
que embelezam
as folhas de meu
caderno
e sinceramente isso
é tudo o que tenho
é tudo o que sou
uma tentativa de juntar
todas as migalhas,
é questão de me sentir inteiro
tirar esse grito
preso em meu peito,
não fui criativo o suficiente
para criar meu bordão
de independência,
então me dê um cigarro
deixe -me acalmar
colocar tudo em ordem
tudo o que eu não sei
se estar no lugar.
Melancólico, percorro
o passar apressado dos
dias
em horas lentas
e torturantes,
um tarja preta
o quarto esfumaçado
logo ... Logo
o apagar da mente
o gigante em um
corpo tão pequeno, dorme
por horas e horas
sem perceber o mover
do sol
muito menos a chegada
da lua.
Poemas tristes, de lutas
e guerras.
Não sei ao certo
se gostei dessas definições
e era eu quem estava em cima
do palco, sendo chamado
de escritor, dopado de mais
para dar um sorriso
porém, realizado e contente
mesmo que não renomado
felizmente ou infelizmente
eu sou um escritor.