Falas sozinho como se de silêncios precisasse. Agora caminhas de braços abertos para o abismo e esperas que te encontre do outro lado da vida.
Aliás, falas em morte como se fosses estrangeiro e isso te acalmasse o ego.
Os caminhos e as estradas são pretéritos cada vez mais gastos e negros.
A urze cresce desalmada na planície e entra pela janela do desespero.
Nem velho nem novo, és aquilo que sonhas e sonhas tão pouco.
Agarras-te ao primeiro sobreiro que te aparece em forma de mulher e depois ficas atarantado e de cabeça à roda. Pões o braço à volta do tronco e sorris como se fosses um campeão de primeira categoria.
Está bem, vou fingir que acredito no duque de copas, mas no final vais jogar sozinho.
Carolina