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Espinhos

 
Não há palavras que definem
A angústia que me devora
O quê vês é máscara cá fora
Pinturas que a mim oprimem.

O sonho tomba nas águas mornas
Tal qual o astro no berço marinho
Ferro fundido moldado em bigornas
Filhotinho abandonado no ninho.

A saudade é uma severa senhora
Que insiste a nos castigar de mansinho
Quando a felicidade vai-se embora
Após a última gota de vinho.

Parece que são forças poderosas
Que tem me desviado dos caminhos
Aonde tenho colhido poucas rosas
E mais me machucado com... Espinhos.



Gyl Ferrys

 
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Enviado por Tópico
HelderOliveira
Publicado: 19/10/2018 19:45  Atualizado: 19/10/2018 19:45
Da casa!
Usuário desde: 09/02/2014
Localidade: Angola
Mensagens: 314
 Re: Espinhos
Alô Gyl, um grande abraço por um grande poema! "Espinhos" que picam, que magoam, que dilaceram... "a saudade que atormenta, o sonho que desaparece "nas águas mornas"... Espinhos... da vida!
Saudações do
HelderOliveira