GRANDE PALCO DE LOUCURA - II
Grande Palco de Loucura
Em que o Homem se desnuda
Da sua Humanidade
No meio da insanidade
De guerras e de tortura
Só uma coisa fica pura
É o estilhaço que perdura
Na Alma da Criatura
Que nesse mar foi jogado.
Ninguém tem tanto pecado
Para ser entrelaçado
Na teia de um tal enredo
E nesse enredo, enredado
Fica um homem desnudado
De sua humanidade
Indecente e despojado
Está para sempre condenado
A usar o camuflado
O camuflado que ele cria
Para se esconder, enojado
Do seu papel nesse palco
Pelo acto praticado
Por tudo testemunhado
Por colocarem-no no alto
Por ter sido medalhado
Por muito ter metralhado
Por ter sido um bom soldado.
Hoje ele é um fragmento
De quem por breve momento
Foi um alguém por inteiro
Recebe salvas de palmas
Por ter cumprido o dever
De ter ido ceifar almas.
(Por Ana C./ SOB_VERSIVA)
Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
*Mário Quintana*