AH, UMA LÁGRIMA!
Tem vezes que não sei aonde
buscar certas forças
com que levar tanto avante
Dia e noite até ao adormecer.
O sono é sinuoso e confuso
por emaranhado estorvo
passa as noites sem dormir
de um a outro lado da cama.
Lençóis amarrotados
são bem a imagem de meu
corpo desarrumado
onde alma alguma converge.
E na madrugada cansada
levanto-me para logo cair tonto
no chão (nem a imaginação
mais fértil, chegaria tão longe!).
De joelhos dobrados
Agarrando-me a uma das pontas
Da cama, é no esforço
que me sustenho de pé.
Cambaleante caminho
leva-me ao quarto de banho;
Onde mergulho
a cabeça, na água invernosa.
Acordo! Desfaço a barba!
E tomo meu banho costumeiro.
As ideias sobrepostas,
Vão-se organizando – caminho;
E já na cozinha preparo
as torradas, enquanto leio
as notícias no jornal
da manhã. Como com apetite.
Chove lá fora. Porque não,
Ah, uma lágrima minha?
A chuva que discorre na rua?
Talvez assim merecido descanso.
Jorge Humberto
15/10/18
Saudade de todos, aqui no 'Luso Poemas'.
Acontecem-nos coisas em que somos muito precisos, mas não olvidei este "Cantinho" que muito aprecio. Obrigado por se encontrarem todos por aqui.
Cumprimentos, do amigo,
Jorge Humberto