No divã
Em uma casinha tão modesta
Com muitas flores na janela
Na infância tudo era uma festa
E a minha mãe olhando por ela
Olhando nos meus caminhos
Via com orgulho o meu futuro
Rezava pra não haver espinhos
No tempo que tudo era puro
Hoje eu me deito nesse divã
Com poucos sonhos no amanhã
Fico escutando e não falo nada
Fico lembrando do meu passado
Com o presente não me agrado
Em uma época tão conturbada.
jmd/Maringá, 11.10.19
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