MORRO ELETRIZADO
(Jairo Nunes Bezerra)
Atrás do morro o sol desaparece avermelhado,
Mesmo assim ofusca o meu contumaz olhar...
Logo mais o espaço será amplamente cintilado
Com o predomínio usual de claridade estrelar,
É quando as aves regressam aos seus habitares,
Lentamente, com as suas asas em evoluções...
Configurados ficam mais os fenômenos vivazes,
Que atraem sempre as nossas atenções!
E a tristeza atuante volta a reinar à minha volta,
Solitário, tudo me provoca revolta,
E na ânsia pra dormitar minha retina fita a amplidão!
É quando figura a lembrança de minha ampla cama,
De onde por mim tu bela rosa sempre clamas,
Pra compartilhar com a tua solidão!