Como flores amareladas e esquecidas
Naquele vaso de barro com a terra ressequida
Como ideias perdidas naquela gaveta que ninguém revista
Como nos velhos que tem suas lembranças em dúvida
Como aqueles homens que tem no cárcere a vida embrutecida
Como viver naquela cidade de almas empobrecidas
Como nossos sonhos ridicularizados como qualquer porcaria
Como aquela juventude pobre que não se acredita
Como aqueles animais abandonados por não terem serventia.
Como aqueles imigrantes que se espalham pelo mundo como moscas que se quer distância.
Como aquele rio que seca cheio de lixo sem derramar uma lágrima.
Como aquelas crianças que recebem bombas dos céus com jeito de prendas malignas.