O silêncio das aves nos teus olhos e os pensamentos que refletes no fundo do lago, taciturno, o dia permanece e os teus braços procuram conforto, na tua ingenuidade encontro o belo e a desilusão. Os meus braços não são longos, mas reconheço a tua pele e a textura dos teus suspiros, sei que estás e não te procuro, prefiro ver-te a viver a vida do campo e a efemeridade do teu desconforto quando molhas os pés na água, a tua juventude é a minha verdade, azul, continuas até a água te cobrir o pescoço e eu observo, descomprometido e rendido ao silêncio.