De pétrea nada tenho
o que vejo é a discordância
feito novelo de lã brincando
nas mãos de um gato
de olhar terno e manso
do oásis o cansaço toma conta
feito pássaro ferido que pousa
no ninho em busca de amparo
para sua sofreguidão espalmada
nas mãos que o coração sangra
somente alinhada
a dor d'alma que faz chorar o ventre
pela perda do grande amor.
...
Vezes me escondo atrás
das folhas do outono
aguardando a primavera chegar
escrevendo versos rayantes
profundos e distantes
que brumam na boreal da vida vivida.
...
há uma floresta guardada nos arquivos
manchados pela dor da perda
forte e intensa é a voz que silencia o peito
mas sei que o girassol tá lá se voltando
para a direção certa quando dele preciso
mesmo com o abraço apertado
e molhado de chuva de inverno
ou mesmo em sinais não percebidos
devido o intenso trabalho
quando os cães ladram
enquanto a caravana passa.
...
vezes fico a olha no horizonte
para ver se vejo flores em teu túmulo
e o que vejo são rasuras de vida
rabiscos de desejos e riscos de amor
sombreando o dia que antecede a noite
Desce o manto da noite escura
que amedronta os passarinhos
contando os segundos notívagos
ofuscados pelo negra paisagem
que dissolve o olhar que treme
diante da intensa luz que ver
o luz do amor apagar e sucumbir
no gáudio em que a dor persevera
dando asas para a poesia voar.
Ray Nascimento
Do fundo do meu ser; amo te ler; tua amizade e seu amor sincero são refrigero pra minha alma.Te amo Amiga do seu AMIGOMENINO!
Adriel