"Quando a alma toca
a margem da solidão
e o medo me libera
à beira do abismo,
recorro ao lirismo
do meu violão,
que na solidão
libera o medo"
[...]
O que vier de mudo
é lucro e eu lacro,
rotulo o abraço
o afago desnudo
Ternura dos afins
dos querubins
que tiram minha veste
Tudo bem,
afinal, viver é tudo
Tudo vem,
se me for dado é lucro
Tudo zen,
por mais paz no mundo
Na fita do cometa
que dia e noite almejo
o poeta que desejo
embriagado de amor
Sondo a vida até pelo vento
e, de verdade, só lamento
a dor de uma partida
parida pelo desamor
Mas se tá tudo bem,
pra quê querer buscar melhor?
E o que é mais possível?
Imperfeição, disso eu sei de cor
No topo de um Monte,
além do horizonte
enxergo meu passado
regado de lições,
corações que deixei de lado
Mas se tudo vem,
e hoje tenho o meu melhor,
molhar e querer diariamente
esta semente não tornará ao pó
E assim fica tudo zen,
sem melindres e sem torpeza,
a alma brada sua leveza
a quem ouve minha frequência
[...]
Minha essência busca o bem
pra ficar tudo zen...
...eu sei que assim tudo vem...
By Renato Braga