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Re: Beijos de Luz
. Muitas ideias interessantes neste poema.
A aliteração em vagalumes, vagabundos, vagamundos, vagarosos, vagasonhos... como que a sugerir que muito do que somos está nesse vaguear constante, entre espaços vagos, nos dois sentidos: vazios ou pouco nítidos.
Depois, obviamente, a inspiração dos últimos versos:
"Aonde descansam os primeiros beijos Ansiosos por ansiolíticos Presos políticos Os beijos que nunca aconteceram Nunca vão Mas que existem, sem explicação."
A um verso que parece querer cair no sentimentalismo vulgar (em termos de expressão literária, entenda-se, porque sentir intensamente nunca é vulgar), a este verso seguem-se outros humorísticos ou satíricos ou reflexivos, numa conjugação ácida de que gosto bastante.
Cá esperamos por mais textos seus.
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