Arqueada vai agora a solidão uivando de fininho
Até que, num pranto colérico e tão insano se revelem
Todos os detalhes de uma fé irremediável e lusitana
Soam guitarras lá longe e o fado triste homenageia
A dor sob o trinado de doze cordas desoladas pois o silêncio esse,
Calou-se, confidente, soluçando,ali pra sempre… inconsolado
Morrer de amor ou de saudade é uma sina que vem acoplada
A tanta solidão aliciada e exilada num naipe de ilusões sempre
Tão extrapoladas e sepultadas na noite enferma, ali estatelada
No jardim dos meus versos planto palavras líricas cantando a
Lusofonia fadada nesta rima fecunda e tão eufórica, embebedando
Tuas lágrimas afogadas num mar de prantos sempre amnistiados
Frederico de Castro