PELAS ENEGRECIDAS NOITES
(Jairo Nunes Bezerra)
Distanciado de ti vago pelas escuras noites,
A tristeza persiste na minha aflita vigência...
Vigorantes ventos castigam-me com açoites,
Sem sequer receber de mim anuência!
Nada, nada mesmo, influencia no meu viver,
Refém da impossibilidade de te amar,
Pelo tempo tento deveras te esquecer,
Embora o meu coração por ti viva a clamar!
E os ventos oscilam mais vezes à minha volta,
Daí a minha atual revolta,
Ao enfrentar a oscilante solidão!
Meu desejo solitário segue por novo caminho,
À busca de um amplo e atraente ninho,
Que armazene a minha crescente ilusão!