Venha libertar o grito enjaulado nas paredes da agônia ,
Venha compreender a lágrima e sustentar o existir ,
Venha sinalizar o labirinto de medo e angústia enquanto podeis orientar a saída da escuridão.
Liberte-se dos cantos , vielas e ou fendas ,
Liberte-se de onde aprisiona as dúvidas e lamentações,
Liberte-se enquanto ainda existe forças para que eu possa lembrar de ti,
Liberta-se de onde quer que eu tenha te escondido ,
Liberta-se para o meu resgate.
Há anos você se apresentou ,
Vivenciou caminhos em corredores vazios e compridos,
Vistes nascer dias inesquecíveis e noites intermináveis,
Vistes chuvas veraneias iluminadas de arco íris e dilúvio sobrepondo montanhas encharcados de ilusão ,
Foste sobrevivente e fiel companheira até o dia que te neutralizei.
Muitas vezes você me pediu SOS,
Precisava enxergar por detrás da porta do medo mas não estava pronta para ajudar e me escondi por detrás do nevoeiro do talvez.
Hoje clamo sua companhia,
Hoje preciso que escute a ruptura da alma enquanto não se perca por completo,
Hoje preciso que dê voz as palavras que se repetem mudas no eco ... o som não está sendo ouvido,
Hoje preciso me despir da dor que enraiza causando o distanciamento do certo para o errado ,
Hoje preciso ir além dos meus princípios e valores para resgatar o eco calado e dolorido que me impede o discernimento de agir.
Hoje preciso de você aqui ... para limpar a bagagem , esvaziar a alma e lavar a solidão.
Hoje preciso de você para me libertar do medo e da agonia,
Hoje preciso de você para varrer a alma que clama por uma brecha de luz nesta muralha enraizada de lodo e lama ,
Meu eu pede socorro pois precisa mesmo que sem querer ... agir ... mas a bagagem está pesada para o caminhar ...
Me liberte como das outras vezes ... e hoje tão importante quanto as demais ... eu preciso reagir ...
Poema escrito em 02/09/2018 online ...
com erros e concordâncias desproporcionais. Afinal o que é lógico mediante turbulências interiores.