Tornaste-te
Inquilina de um coração
De portas e janelas trancadas
Desejando
Libertar sentimentos
Há tanto tempo
Presos na alma
Adormeceste a vontade
De amar
Estando o sonho
Nas janelas do olhar
Bem perto do parapeito
Do peito
Mesmo assim
Quando chegou a hora…
Recusaste um abraço
Sabendo que os vazios
Eram os moldes perfeitos
De um coração
Nosso
E agora
Vertemos
Destroços
Pela
Face
Agora
Tudo
Parece
Não chegar
Aos nossos dedos
Aos nossos braços