... pouco se houvia a não ser os sussurros do ato às escuras sombras por detrás de uma árvore. Terrível cenário à mente do passante. Espetacular performance dos dois escondidos amantes.
Dali me fui a chover, como que se a adrenalina e chuva pudesse me livrar dos fantasmas. Meus moucos gritos rasgavam-me adentro como impiedosos trovões.
Quem me dera não ter comedido o triste erro de ver luz onde se dizia, e escondidamente se desfazia em desejos e libidinosidades fragmentadas da tênue mente.
A loucura tem seus dotes, mas tem também seu preços a pagar. No dia seguinte, um estranho aceno em sorriso: “Oi, fiquei com saudades”, dizia ela radiante, provavelmente com resíduos de espermas ainda no ventre.
Olhei para o céu e, como sempre, guardei em inocente candura, o rancor que me havia, por tão grande pseudofluorescência que, com as palavras ela fazia.
“Preciso partir imediatamente”, eu disse.
“Por quê, meu amor? O que houve? “Eu preciso de você”, retrucou em choro.
“Porque eu sou um cão e, em breve, pode ser que te nasça, ao ventre, o filho de um anjo!”
Junto com o homem, morreu dele a criança que ainda em algo cria. E foi ao mundo um resto de coisas, um sujeito ermo, conhecido como cão niilista, sempre tentando fugir do alcance das luzes, sempre sendo objeto de riso e zomba pelos puristanos!
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)