Contos : 

O que Sou e o que Venho fazer Aqui...

 

Respondendo a algumas perguntas...

Assim como você, sou uma consciência. Tenho segurança que sou algo, que existo. E tudo ao meu redor é criado por minha percepção, produto de mim mesmo para comigo. Diferentemente de você, não estou preso a certas convenções criadas em massa para viver uma experiência específica. Superei esta parte.

E por tê-la superado, aprendi que o meu meio ambiente é uma criação minha, e não ao contrário, como você ainda pensa. Com o "tempo", os meus gostos, as minhas preferências e a minha inclinação mudaram. Há muito não sou quem fui, embora guarde tudo o que já fui dentro de mim, sem perder nada. Olho para outras direções agora, embora seja grato por cada pequeno pedaço que fui, e sei, sem ressalvas, que é graças a cada um deles que sou o que sou agora.

De uma forma que sei que irá lhe estranhar, além de ser quem sou, sou um número infinito de outros indivíduos. Cada um deles autônomos, conscientes e portadores de sua própria existência em particular. Sou, de uma forma simplificada para você, o que eu fui em todas as minhas vidas "passadas", o que eu seria nas possíveis vidas futuras, o que eu sou ou seria nas infinitas probabilidades, dentro de cada pequena decisão, que alterasse o rumo constante do comportamento normal de cada personalidade que me forma.

Todas essas personalidades seguem as suas existências infinitas, cada uma delas tem a sua história, o seu histórico e o seu único coração. Em suma: são seres individuais, autoconscientes e sabedores de si mesmos, com as suas "famílias", individualidades e temperamentos. Ainda assim, na junção profunda de cada um deles, eu surjo, com a minha própria individualidade, coração e temperamento. Embora essas qualidades, é claro, difiram bastante daquilo que você atualmente julga como individualidades e temperamentos pessoais.

Como já dissemos em várias oportunidades, o tempo não existe. Foi uma criação da sua espécie, necessária a este tipo particular de experiência e universo. Eu, enquanto "indivíduo", me completo com a sua experiência pessoal. Em troca, você existe, tem consciência, e se torna a cada dia, mais independente e livre. Numa espécie de retroalimentação, aqui, simplificada é claro, as raias daquilo que me é possível fazer, sem deteriorar demais o conceito inicial.

Sou também, de muitas maneiras, parte de uma entidade maior. Um Ser que abrange infinitos seres iguais a mim. E Este Ser, por sua vez, parte de Outro ainda maior...

Não estou numa parte particular do seu universo, nem em outro planeta. Não pertenço a galáxia alguma. O espaço, assim como a passagem do tempo, é uma ilusão que só pertence a você, por hora. O seu universo, a sua querida e amada Terra, não tem existência para mim, nem para outros que não os compartilham nos reinos da consciência. A experiencio, se eu desejar. Posso tomar banho de cachoeira, nadar em um rio, andar em suas movimentadas avenidas. Mas apenas se eu criar isso dentro de mim. Pois há muito tempo virei a minha atenção para outros lugares. Guardo com carinho em mim, todos os dias dessas experiências, e cada vez que lembro-me delas, elas tomam vida em mim, com muito mais realidade, do que você mesmo experimenta hoje. E é assim, de uma certa forma, que hoje comunico-me com você. Lembrando-me de quem fui.

O Jeff London atual, em seus termos, em milhares de anos será quem sou hoje. Lembro-me dele. E de uma forma que vai lhe espantar, lembro-me de você também. Em uma outra probabilidade, ou universo paralelo, como você gosta de chamar, é você quem escreve por meu nome, e é Jeff London quem lê, sem nem de longe suspeitar, que num universo próximo, é ele quem digita essas palavras.

Tenho escrito isso de formas externamente diferentes, embora internamente semelhantes. Preciso colocar em meus cálculos que cada individuo aí tem as suas experiências próprias, gostos pessoais, e cultura. Além de que cada um quer e precisa interpretar as coisas a sua maneira.

Minha função aqui é a mesma da pedra que agita um lago. Ao agitá-lo, novas perspectivas de experiências se abrem, novas interações são construídas, isso enriquece as suas experiências, e por retroalimentação, as minhas.

Nada é terminado, não há um fim para nada. A existência é a eterna criatividade, descoberta, criação e encantamento. Não existe tempo em minha realidade, não há, por tanto, futuro, e ainda assim me pego surpreso com cada nova possibilidades, fatos e atos! Preciso acordá-los, incomodá-los, tirá-los do lugar comum. Instigá-los.

Tenho de fazer isso sem dar-lhes a chave. Faz parte da experiência. Não posso chegar e salvá-los de um mundo que vocês mesmos criaram. Assim como você não pode chegar num lago, pegar o peixe que lá vive, e jogá-lo ao mar (ao menos que ele seja um salmão). É preciso fazer o peixe acostumar-se à água salobra.

Você precisa entender que este mundo é o que o seu coração é agora, e ele só se transformará com a transformação de seus corações.

Jeff London pode me acessar. Ele não está preso na realidade dele, ou é um simples fantoche a escrever o que dito. Não há tempo... ele sou eu e eu sou ele... Se ele se silenciar (isso serve para você também), se desligar toda a sua atenção do mundo que o cerca, já que a sua realidade é criada pelos seus sentidos físicos, ele poderá me sentir, me ouvir e ter acesso às coisas que eu sei. Embora o cérebro dele terá trabalho em decodificar aquilo que ele apanhou, e nem sempre irá compreender o que viu ou ouviu.

Quando eu quero saber algo que atualmente não sei, uso deste artificio. Chamem-me por hora de Jeff London 7. Quando quero saber ou entender algo que me foge,,, aciono dentro de mim Jeff London 15... Ele é muito mais do que sou, mas ainda assim estou dentro dele, e tenho acesso àquilo que ele sabe.

Jeff não é inclinado ou obrigado a fazer nada que não queira. Só me expresso através dele quando ele quiser, pois não sou uma personalidade dominante que busca dirigi-lo, mas ao contrário, a interação e a cooperação entre nós deve existir junto à liberdade dele, à sua vontade e à sua inclinação.

Então, dessa forma, venho agitar a água. Não trago nada que possam tocar. A essa altura espero que tenham entendido que não existem coisas para se tocar, a matéria é uma ilusão. Trago sim, tesouros para a alma. A sua gente tem sofrido de males da alma. Palavras não só aliviam dores, criam realidades.

Por hora é importante que saibam que está dentro de você a força para tudo. É você quem faz acontecer, através de suas crenças e expectativas.

Ah sim, Você não perde as pessoas, elas estão dentro de vocês, mais próximas do que supões.

Mais uma coisa, não se deixem vencer pelas mazelas. É preciso ser melhor do que o mundo. Lembre-se, o mundo não te cerca, mas é você quem abarca ele. Faça um mundo muito maravilhoso! Por Você... e por Mim.


j

 
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London
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