Que se me ceguem os olhos, por não te ver;
que eu emudeça com a palavra na garganta;
que venhas leda e breve buscar meu viver,
que sem ti, meu anjo, já nada me espanta…!
Que me tomes em teu colo para eu beber
do teu líquido, como se fora uma planta;
de modos a poder crescer e combater,
tudo o que ante mim e meus olhos se agiganta…!
Cerces muros, pla raiz voltaram a crescer,
(e esta vontade louca e tão minha de morrer,
é do poeta a sua vontade de lutar).
Cresci e vivi, dentro da cidade, depressa demais…
passam por mim cartilagens de animais…
mas meu amor, nos voltaremos a encontrar!
Jorge Humberto
21/02/08