Bem, já sabemos que a Consciência é que cria a experiência e a realidade. Sabemos, que a interpretação dela dos estímulos que a Ela chega cria os fatos, a realidade e a experiência dela em sim, que sempre é exclusiva, subjetiva e individual. Isso é a infinitude! Há distâncias imensuráveis entre a realidade de um homem e a de outro. Quando você olha para a sua realidade, você não vê estruturas objetivas, que estão lá antes de você, e estarão após a sua partida. Você vê o quê, profundamente, você desejou e esqueceu. O esquecimento não invalida o fato, assim como você esquecer o que comeu no café da manhã de semana passada não invalida o café tomado em si mesmo. Você escolheu essa experiência, a estruturou, como um diretor monta o palco, embora a representação da peça seja tão empolgante que, imerso nela, esquece completamente que é uma peça. Agora, por ser uma "peça", ela não perde importância. Na verdade, ela ganha ainda mais significado, já que ela, a sua atuação nela, atesta de fato quem você é. E você não está a vagar sem responsabilidade por um universo caótico, sem sentido e sem responsabilidades. Você "assiste" a sua atuação depois, e se exalta ou se envergonha do você nela.
Você constrói a sua realidade como você constrói seus sonhos noturnos. Alguns de vocês sabem do que falamos, pois num determinado momento do sonho, se "pegam" sabendo que estão sonhando, e a partir dali, conseguem construir todo o cenário que desejam. Essa é uma explicação simplificada, mas válida.
Quando você olha para o chão, sei que você vê pequenas partículas, vê a grama, pequenas pedras, a cerâmica do piso... não importa. Você vê a realidade de "fora", aquilo que as partículas parecem ser aos seus olhos, não o que elas são. Aos seus olhos elas são aglomerados de coisas... você vê o que naquele "momento" elas pensam delas, não o que elas são. Um átomo de ferro acha que a sua função é "agarrar-se" fortemente a outro companheiro seu. Você interpreta isso como um aglomerado de coisas, mas na verdade, você apenas "leu" a mente do átomo, e o interpretou da maneira que ele solicitou ser interpretado... Em verdade, ele é uma consciência que se vê assim, mas ele não é um átomo, e muito menos de ferro... ele é uma consciência, que foi detectada e lida por você, e só porque você fez isso com a sua mente física, você o vê como ferro. Se o visse na sua pura forma de consciência, como Nós o vemos, você entenderia que ele está disperso, que ele flui pelo "universo" influenciando Consciências, e a sua, apenas foi influenciada de modo particular. Podemos, nos envolver na consciência desse "átomo", contemplar o que ele pensa do universo, e ver, da perspectiva dele, que uma simples mesa de escritório resplandece e pulsa em bilhões de estrelas, assim como faz o seu universo agora.
Você só é o que você é, porque você pensa estar limitado no seu espaço e no seu tempo. As Consciências se tocam mutualmente, e neste "tocar", elas desenham a realidade para você. Assim, dessa forma, o seu planeta e o seu universo não existem objetivamente, eles são o que a sua consciência pensa ser, e quando entramos em contato com a sua realidade, podemos lê-la como você a lê, ou podemos interpretá-la apenas como uma ação infinita e ininterrupta de consciências.
Escorregamos, por assim dizer, em fluxos de consciências. E que realidade infinita se desenha para Nós, pois pensem, se há distancias infinitas entre a realidade de um homem e de outro, multiplique-se isso pela infinidade de seres, e cada universo que eles constroem para si mesmos...
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