(De Fernando Marcos)
dentro da cabeça
uma luz acesa
e a necessidade
de repouso.
Num turbilhão de pensamentos,
a dúvida e a fé, digladiam-se
num embate frenético.
grilos no ouvido,
pálpebras
distantes.
A cama e a colcha amarela
ofuscam remédios em busca
da cura.
A areia nos olhos,
salgados de mar,
Impede a leitura.
Livros fechados.
A cidade acorda.
(O sol não espera).
Do clarão da cabeça
à brancura do quarto.
Hoje é um novo começo
ou a extensão de ontem?
Poemas em ondas deslizam nas águas.