Hoje, saí cedo daqui do Estoril e fui até a Alfama ter com os meus Amigos da Música, para mais um ensaio. Como ainda era cedo, percorri o Bairro até á Sé e pude vislumbrar transeuntes domingueiros, estrangeiros a passear com a sua máquina de fotos , carregando consigo as adversidades da vida...uns mais pesados do que outros, sentia-se!
Detive-me nos emproados, de nariz empinado, com a mania de serem os donos do mundo...chamei-lhes interiormente: pobres de espírito!
Lembrei-me de Jesus Cristo a apregoar na sua simples indumentária ...que contraste com estes fariseus do século XXI!
De muitos, sai da sua boca, vitupérios sob a forma de verdades universais "Há uma idade para fazeres isso...já tens idade para ter mais juízo" diante de um senhor que se sente superior a tudo e a todos e te esmagou, sem amor nem piedade. É verdade!
E foi degradante...mas cada um deve fazer o que mais lhe apraz, desde que contribua para a sua felicidade, mas respeitando a liberdade do outro! O que não aconteceu, ele destruiu um coração, destruiu uma Alma sem dor nem piedade!
Entrei na Sé, o toque do orgão puchou-me e entre um suave toque de flautas e uma leitura de carrega espírito, pensei em alguem e proferi: perdoai-lhe Senhor, porque ele não sabe o que diz nem o que fez...pois ao exigir dos outros demonstra que nada tem para dar!
São assim os pobres de espírito...a eles só poderá ajudar a oração, já que por si só não conseguirão entender o que é altruísmo, compreensão e Amor pelo próximo...venha qualquer um e atire a primeira pedra...pois não se deve parecer só, há que investir no ser para atingir a felicidade, a qual é garantia de grande riqueza espiritual...creiam-me!
Nesta vidinha o que realmente nos distingue é essa riqueza do foro espiritual, o resto é paisagem...