Esse título ficou “pomposo” porque não encontrei meios de reduzi-lo. Se eu colocasse “Crônica das Crônicas”, eu estaria me superestimando. Se eu colocasse “Crônica Sobre as Crônicas”, estaria falando sobre todas as crônicas e não das pobrezinhas que estão esperando pela minha boa vontade (que na verdade não é minha, pois eu também fico esperando por... digamos que seja a inspiração). Mas falando das “pobrezinhas”, elas não sabem que a culpa não é minha. Como eu não sei dizer o nome do verdadeiro culpado (ou culpada) e quem aparece sempre na história sou eu, carrego esta culpa.
Mas falando das crônicas “pobrezinhas” que estão esperando pela minha vontade, digo que elas ficam insistentemente me perguntando quando é que eu vou coloca-las na internet. Coitadas... Elas não sabem o que é internet. Elas pensam que ao serem exibidas, todos irão admira-las, elogia-las... Elas pensam que as pessoas vão dizer: você é muito boa, dona Crônica. Muito gostosa de ler. Eu me deleitei lendo a senhora... Aliás, é senhora ou senhorita?
Elas só pensam nisso, coitadas. Não imaginam o pior. Não sabem que vão ter que enfrentar um monte de bocas torcidas, de narizes empinados, de falsos elogios, de indiferenças... E o pior é que elas não vão poder descer do tamanco... Vão ter que engolir com classe, porque ninguém é obrigado a aceita-las.
Tadinhas das minhas crônicas... Ficam com esse assanho todo, quando eu as exponho, e elas veem a “parada aqui fora", ficam arrependidas de terem insistido tanto para que eu as postasse na internet. Elas pensam que as coisas aqui são fáceis. Elas precisam entender que o mundo literário não é melhor nem pior que os outros, é igual.
A.J. Cardiais
29.01,2012
Um poeta, um sonhador, um buscador, um hippie, um Anarquista... Sei lá! Um vagabundo, tentando melhorar o mundo.