OSCILAÇÃO INVERNAL
(Jairo Nunes Bezerra)
A indolência se apropria de meu corpo,
Nesta noite infindável e fria de inverno...
Só o sol pode acabar com o meu sufoco,
Reduzindo a frieza deste refúgio Eterno!
Na cadeira de balanço o dormitar se inicia,
Aquecido com raios solares predominantes...
Isso é o que ardentemente queria,
E de prazer fico menos arquejante!
Felizes os pássaros partem em revoadas,
Liberando as águas nas asas rechaçadas,
Desaparecendo na planície azulada!
E eu pobre poeta de um velho tempo,
Deixo de lado os contratempos,
E sorridente vegeto pela noite estrelada!