Em mim,permito ser
o meu silêncio,minha turba,
o meu canto preenchido com o vazio
e permito-me ser meu samba
sem batuques,e erudito em meu olhar.
Em mim,permito fazer-me banto e nagô,
ser o banido bendito que suou ao som
de um tambor e consagrou a lama
como a alma sem cor e o bambu que não se arrasta e sente o tempo e a água
em meu corpo-tempo nu.
Cezar Ubaldo.