INEBRIAÇÃO PASSAGEIRA
(Jairo Nunes Bezerra)
Solitário visionava estrelas na noite enegrecida,
O frio único companheiro atuava com voracidade...
A vontade de ver o sol à sonolência era acrescida,
Enquanto distanciada ficava a sua felicidade!
Faminto, tiritando os dentes buscava abrigo perto,
A mata rasteira prejudicava o seu desejo...
Molhado, transitando na neblina ficou desperto,
Da primeira árvore aproveitou o benéfico ensejo!
Acordou... Os raios solares dardejava-lhe o corpo,
Foi-se o sufoco,
E feliz liberou o seu contentamento!
As suas fantasias voltaram a figurar no espaço,
Desprovidas de descasos,
Alimentadas pelas novas paisagens do momento!