Por momentos aprecio o espantalho.
Pelos dedos do artista pintado,
Admiro o curioso trabalho,
Tão perfeito, tão valorizado
Que nele me inspiro, dele me valho.
Lembro um que firmei em chão semeado,
Que afastava os corvos atrevidos,
Quando os frutos estavam crescidos.
Sinto-me bem a desfrutar a paisagem
Daquela arvore maravilhosa,
Que me convida a uma paragem
Mostrando-me como é talentosa.
Como é pacífica a sua mensagem,
Com uma descrição proveitosa,
Que enaltece a inspiração do artista,
Alimento salutar à vista.
Despertam-me os humanos semblantes,
Das expressões o significado,
Criadas por dedadas constantes,
E por um cérebro iluminado,
Mostra-me o belo e sublimado,
Obra digna da minha admiração,
Cativante, por valiosa atracão.
!5/10/94, Emídio S. Paulo Brasil
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