Sons que são purificados
em torno de árvores,
pássaros que reza
num cântico de louvores
Numa magia que se faz noite
da mágica serenidade,
libertando o céu
d'um abraço na eterna saudade
No toque dos dedos
foi flores que coloriu,
as manhãs de velhos segredos,
dentro de uma capa que sorriu
Cobrindo páginas esquecidas
num brinde de copos imaginários,
nos pensamentos
de poetas legendários
Por trilhos uma vez trilhados
na orla do tempo passado,
Paços descalços de paços calçados,
são eras duras para o hoje lembrado
Somos reencarnados nos demais,
para uma nova oportunidade,
de viver, de sorrir e de amar,
nestes seres de uma grande variedade
Aos olhos do corpúsculo
nos mares encantados,
sobre um ocaso
de fé de sonhos realizados
Abaixo de um eclipse
uma terra eclipsando,
vidas renascendo
de raízes se amando
Assim termina esta
poética melodia,
do universo dentro de mim,
que alcanço dia após dia.
Hugo Dias 'Marduk'