Quantos de mim explodem e morrem todos os dias, meses e também anos se me salvo em meus desenganos nestas flores desertas sem pólen neste eu repartido e tirano
É nos universos finitos vividos que quanto mais vivo mais estou morto ao caminhar neste mundo desconhecido são minhas almas que surgem de um aborto e se despedaçam cada uma em seu porto
Eu crio em papeis mil novos planos e tatuo neles as minhas almas são tantas e tantas faces difusas neste mal inerente a nos humanos que me trazem todos estes traumas
Nada vem a mim com mais maldades que um meu pensar que eu controlo porque eu não possuo mais verdades e neste gargalo eu peço e imploro corte a minha razão pela metade
Corte esta dor que em mim assola este meu viver é um cruel castigo esta m’alma doida que se descontrola sem ter a noção de que é um perigo morrer mil vidas e ser meu próprio verdugo viver mil vezes sendo o meu próprio inimigo.