Já fui elucubrado,
julgado e condenado de modo prolixo
tantas vezes que perdi
a conta,
e em todas
houve algum tipo de reação,
mesmo que silente, de meu indecifrável,
escudeados e senciente
ego.
Mas quando fui elucubrado,
julgado e condenado por mim mesmo,
diante de um fiel
espelho,
senti-me um nada
cósmico, um menos que pedra ao chão,
um menos que poeira
ao deserto;
em cruciante dor
de me perceber a abnormal condição
para cometer vastas
violações
e para promover
o suicídio das coisas, das casualidades
e até das demais sencíências
– alheios –,
com minhas clarezas
abstratas, espúrias e ilusórias
(re) inaugurações.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)